Sou uma dessas pessoas que se rendem completamente quando o assunto é GRAÇA. Há um bom tempo na minha jornada de fé cristã eu brinco que sou uma “caçadora da Graça”. Isso porque sempre ouvi falar sobre ela, fui ensinada a ter consciência de que sou salva através dela, mas, na prática, estava ciente de que pouco a vivia ou, a reconhecia como agente determinante na minha fé. Então, não me canso de ler e reler e refletir sobre o assunto e, todos os dias, busco reconhecer a graça de Deus agindo na minha vida.
Um dos problemas em relação a graça divina é justamente o fato dela ser de graça. Ela não depende que sejamos aprovados por nossas ações a fim de a merecermos. A graça é um presente e um presente que escandaliza. Não custou nada para nós, mas custou tudo para Deus.
“Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus.” (1 Pe 3:18).
Graça é um favor imerecido. Tem sua origem no Deus que é amor e completa a sua obra em nossas vidas: a reconciliação do nosso relacionamento rompido com Deus, possível através do sacrifício de Cristo na cruz e a presença do Espírito Santo agindo na vida dos cristãos após a ascensão de Cristo, até que ele volte. Graça é a presença de Deus em nós, é seu perdão e amor manifestos quando nós ainda éramos pecadores.
O escritor Philip Yancey, em seu livro A maravilhosa graça, tentou defini-la assim: “Não há nada que você possa fazer para Deus lhe amar mais; e não há nada que você possa fazer para Deus lhe amar menos. Isso é graça!”. Quando a palavra afirma “E, se é pela graça, já não é pelas obras, do contrário, a graça já não é graça.” (Rm 11:6), então sabemos: não há obras que possamos realizar para “conquistar” a salvação de Deus para nós.
O perigo desse imensurável presente que recebemos é cairmos na tentação de pecar deliberadamente, já que a graça não requer nada de nós. E essa discussão já é antiga, o apóstolo Paulo falou sobre ela no livro de Romanos, capítulo 6, verso 15: “E então? Vamos pecar porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De maneira alguma!”. Usar a graça como desculpa para pecar é uma tendência antiga!
Na caminhada cristã, conheço pessoas que estão cientes que foram salvas pela graça, mas esforçam-se todos os dias para manter a salvação pela lei (tudo quanto envolve nosso esforço próprio). Já vivi assim por muitos anos também. Acontece que orações, jejum, promessas e votos ou qualquer coisa que tente extrair o favor de Deus não pode ser graça! As disciplinas espirituais são boas para transformar a nós mesmos, não para mover a mão de Deus ao nosso favor.
Por outro lado, também conheço pessoas que usam a graça como desculpa para não empenharem-se num processo de santificação ou mudança de hábitos pecaminosos e atitudes inadequadas para cristãos comprometidos com o Reino de Deus. Então, para evitar os extremos e viver equilibradamente através da graça de Deus, a dica é de sua própria Palavra:
“Vocês foram comprados por alto preço; não se tornem escravos de homens.” (1 Co 7:23).
Sem barganhas com Deus, mas aprendendo a diferenciar a liberdade da libertinagem, avancemos na caminhada, banhados pela graça infinita de seu amor.
Belo artigo!
ResponderExcluirGosto muito do Blog de vocês meninas. Sempre com textos gostosos e que realmente tem uma mensagem bacana.
;)
Não fui eu que escrevi, mas como Menina do Reino, vou fazer as vezes da mana Andrea e agradecer pelo carinho do comentário!
ResponderExcluirNossa intenção é essa mesmo de sempre ter matérias que contribuam para o viver diário das Meninas e Meninos do Reino!
Abraço forte