domingo, julho 24, 2011

O amor acaba. Também no Orkut, no Twitter e no Facebook




O amor acaba. No mundo real e no virtual. Das juras de amor aos scraps antigos no Orkut, o que sobra são lembranças. Muitas vezes incômodas, mas que confortam. Aquela primeira mensagem que você mandou para ela, pedindo para te “add no MSN” logo depois de vocês se conhecerem, quando acaba o relacionamento, vira um arquivo de lembranças no qual você se agarra, como um consolo de que, pelo menos no mundo virtual, nem tudo acabou. Mas acabou. Você precisa saber disso. E se preparar.

O primeiro sinal de que acabou é a mudança de status no Facebook ou no Orkut. Se você ficou feliz quando anunciou ao mundo inteiro que estava namorando, noivando, casando, só de pensar que terá de colocar “solteiro” novamente, a tristeza já vem em dobro. E essa mudança não é de uma hora para a outra. Nenhum dos dois quer mudar primeiro. Seja quem terminou ou quem foi terminado.
No mundo em que todos estão conectados em redes sociais, mudar o status de namorando para solteiro é anunciar oficialmente que tudo acabou. Quem terminou não quer magoar a outra pessoa. Quem foi terminado tem a esperança de que, enquanto a outra pessoa não se disser solteira, ainda há chances de volta. Mas se o amor acabou, não há chances. É só um dar o passo inicial para mudar o status que o outro o faz em seguida. É questão de minutos. E dói.

Mas o pior ainda não chegou. Se você ainda ama a pessoa, certamente vai ficar acessando trocentas vezes por dia Orkut, Facebook, Twitter, Flickr, YouTube dela para saber se diz alguma coisa sobre arrependimento. Só que, aos poucos, você começa a notar sinais contrários. Primeiro é a foto do perfil que muda. Aquele avatar que era tão familiar a você vira uma outra foto, nova, em que seu ex-amor sorri. Mas não para você. Os olhos tem um brilho diferente. A pessoa está diferente.

Depois, aquelas mensagens de tristeza que você postava no Facebook logo após o término, as quais eram sempre respondidas pela sua ex, que tentava te confortar, começam a ser ignoradas.

E  aquelas fotos no Facebook ou Orkut que vocês adoravam, aquelas que sua ex dizia que você ficava ótimo e ela amava, são sumariamente deletadas. Sem dó. Sobra alguma foto perdida tirada entre amigos, em festas, agora catalogadas na pasta “baladas”, “amigos” ou “2009″. Dói. Aquele primeiro scrap no Orkut que significava tanto para vocês, pois marcava o início do amor, é deletado, junto com a avalanche de mensagens que vocês trocavam jurando amor eterno.

Quando vê que a outra pessoa teve coragem de deletar do perfil dela tudo o que representava tanto para vocês, você fica com raiva e, sem pensar duas vezes, vai lá e apaga tudo do seu também. Não deixa nenhuma foto dela, nem na pasta “amigos”. Depois, assustado com a coragem que teve, você se arrepende. Mas  já era. Não tem mais volta.

Daí começa o afastamento. Você quer esquecê-la. Bloqueia ela no MSN, no Gtalk, coloca a opção no Facebook para não mais visualizar as atualizações dela, para de seguir ela no Twitter. Mas, mesmo assim, você ainda acessa constantemente os perfis dela, para saber se, de repente, ela não se arrependeu. Só que, ao contrário disso, você percebe que a vida dela anda aparentemente melhor que a sua…

E você tenta parar de acessar os perfis dela. Você quer esquecê-la. Já está na sua cabeça neste momento que não vai voltar. Todas as discussões após o fim do romance só levaram a brigas. Em vez de acessar todos os dias, vira uma vez a cada dois, depois uma vez por semana, depois uma vez a cada 15 dias….

Uma hora você se dá conta: no perfil dela no Facebook, há um apinhado de fotos dela ao lado de um novo amor. Ela aparentemente não está mais nem aí para as suas frases de lamúria no Facebook. E também já não te segue mais no Twitter, mas conversa a todo instante com o novo cara. Aquela sua foto que tinha sobrado no álbum dela já se foi. E o status dela no Facebook e no Orkut mudou: namorando.
Não sobrou mais nada.  O amor acabou também no mundo virtual. E daí, meu caro, é esperar que comece tudo de novo…


Autor: Rodrigo Martins - blog Link do Estadão.

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