“Liberdade é pouco: o que eu quero ainda não tem nome” - Clarice Lispector
Liberdade, sonho que a humanidade acalenta. Muitos poetas, filósofos, teólogos e caminhoneiros em suas placas falam dela: a liberdade.
Seus bens e males. Seus atrativos e perigos, suas vertigens...
Gosto de barcos, talvez por morar no litoral, por trabalhar em uma cidade portuária, por gostar do mar, sejam quais forem os motivos, aprecio os barcos...sua liberdade deslizante, sua leveza sobre as ondas, as histórias marcadas em seus cascos, as tempestades que tecem suas velas ou bandeiras e os ventos que os abraçam, os inclinam, direcionam, impulsionam, resistem, gritam perigos.
Quando penso em liberdade penso em vento soprando. Às vezes em grande intensidade, por vezes em forma de suave cicio...não sei se vai ou vem, mas sei que meus pensamentos vão e vem ao senti-lo contra meu corpo. Eu não compreendo o caminho do vento, mas isto pouco importa. Basta-me senti-lo, às vezes bagunçando meus cabelos, às vezes congelando-me intensamente, em outros momentos refrigerando-me...
Vento, vento, vento...
Ventooooooooooooooooooooooooooooo
V-e-n-t-o
VENTO
Vento
V e N t O
Inúmeras formas de me dizer que a liberdade existe e que navegando pelo mar da existência, com o casco formado do mais perfeito Amor prosseguimos LIVRES
Ainda que muitos não acreditem que haja de fato uma liberdade, lembro-me da voz que ecoa há mais de 2000 anos dizendo que o Filho nos libertou.
Por vezes procuramos nossas próprias cadeias e algemas, outras vezes tentam nos prender em cadeias e algemas, mas de fato fomos feitos livres. Liberdade por vezes quase indefinível ou indizível.
Liberdade para ser
Liberdade para permanecer
Liberdade para ir
Liberdade que explode em cores de diferentes matizes. Liberdade cheia de gostos incomparáveis.
Liberdade que existe!
Liberdade que me sopra acalantos...
Liberdade de viver
Barcos
Ventos
Liberdade
Um alvo
E de mais a mais, tudo na mais santa paz!
Sorrindo para a liberdade e aprendendo que ela me sorri de volta,