sexta-feira, outubro 07, 2011

Quando, nada, quanto, tudo...



Quando eu achei que tinha visto tudo
Descobri que tudo era nada e que muito ainda havia por ver


Quando achei que tinha ouvido tudo
Percebi que o inaudível ainda tinha muito para me dizer

Quando eu achei que tinha dito tudo
Compreendi que meu tudo era quase nada e que muito havia por dizer


Quando cansei de tudo
Quando só enxerguei o nada
Quando o todo parecia poeira pela estrada

Quando eu nada queria
Quando toda a força jazia
Quando tudo se mostrou nada

Quando absurdei da vida
Quando achei tudo sem sentido
Quando nada era esperança

Quando tudo era fraqueza
Quando eu nada sentia apesar de toda dor que lá havia
Quando o tudo que era nada se perdeu

Quando acabou
Quando pifou
Quando morreu
Quando enfim o pior aconteceu

Quantos quandos eu não direi.
Quantos tantos tudos não mensurei
Quantos todos nadas tampouco enumerei

Só Tu és sempre tudo
Tu que entendes o que é realmente nada

Que compreendes o começo, o meio e também o fim
Apesar de não teres começo, meio e fim.

A Ti entrego meus tudos
A Ti revelo meus nadas
São todos Teus meus quantos quandos...

Todo o meu fôlego
Minha nada forte vida
Todo meu nada e todo o meu tudo é Teu
E quando Teu...e quando Tua
Nada é tudo
Tudo é nada

Tudo muda
Nada fica igual



Tua quando tudo é nada e quando nada é tudo,

Roberta Lima  

2 comentários:

  1. Lindo, mana!
    É isso mesmo...
    É viver "...dando razão a Deus todo dia!" - Caio Fábio d'Araújo Filho - mesmo sem respostas para os 'nadas' que a vida nos apresenta.

    Te amo, mana!!!
    Abraço,
    eu!

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  2. LINDO!! é só olhar para Deus que nós entendemos o que se passa dentro de nós!!

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