terça-feira, novembro 22, 2011

Ermo do Lapião (Sendo luz neste mundo)


Fábio Faith

Apaixonei-me pelas Crônicas de Nárnia, desde a primeira vista. Acredito que um dia lerei essa maravilhosa historia aos meus filhos. O ermo do lampião é um lugar na floresta narniana, onde há um lampião. Um lampião na floresta? Uma luz... Um poste... Uma lâmpada na floresta? Que estranho! Como você se sentiria adentrando numa mata e no meio dela encontrasse uma lâmpada acesa? Uma lâmpada que não se apaga. Dia e noite acesa. No verão ou no inverno, ela ilumina o ambiente. Seria uma sensação estanha não é mesmo? Este tipo de iluminaria não pertence ao ambiente da mata, é típico de um ambiente urbanizado. Não concorda?

Quando me atento a essa imagem do lampião sempre aceso na floresta e tento recriar qual seria a minha sensação perante a este cenário, sou levado a associar essa situação narniana com algumas características bíblicas, tais como, a que os cristãos são chamados a serem luzes neste mundo e que eles, os que crêem em Cristo, não são deste mundo (ou ambiente), assim como o lampião naquela floresta, iluminando a todos que por ali passam, iluminando todos os dias, faça frio ou calor e ele não é daquele lugar, se você já leu as Crônicas de Narnia, mais especificamente, o livro “O Sobrinho do Mago”, sabe que este lampião veio de outro lugar e por determinado motivo agora brilha na mata.

“Vocês são a luz do mundo [...] e assim ilumina a todos [...] Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus”. [Mateus 5: 14-16 NVI]

Vocês não são deste mundo! Vocês estão aqui, mas estão apenas de passagem... Vocês são peregrinos. Foi mais ou menos isso o que Jesus disse e o que mais tarde Pedro reafirmou em sua carta (1 Pedro 2)

Assim, como o lampião, devemos (me incluo também) testificar nossa espiritualidade por intermédio das nossas atitudes e iluminar a todos. Ser luzes, esse é o convite de Cristo a todos que querem se tornar seus discípulos. E ser luz, significa sacrificar o meu ego, pois retirarei o holofote de mim e colocarei no outro.

Não sei se C.S.Lewis pensou nisso ao escrever as Crônicas de Narnia. Não sei se ele tinha em mente o convite de Cristo, de sermos luzes, ao criar o Ermo do Lampião. Não sei. Sei apenas que penso assim quando me deparo com a imagem do lampião na floresta.

Ótima semana a todos... Aquele caloroso abraço =]

Visualizado em: Blog Açaí na Panela

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