Bochechas rosadas, cabelos sedosos
Cílios compridos, olhos verdes
Pés delicados, mãos macias
Nariz afilado, sorriso faceiro
Engrandeceu-se com tamanha beleza
E com seu vestido rodado percorreu toda a redondeza
Do jardim da casa amarela arrancou as flores que enfeitavam
seus cabelos
Ignorando o pedido do humilde jardineiro: Não menina!
Arrancando-as murcharão e seu lugar não é o duro chão
Ela deu com os ombros e correu o mais rápido que pôde
Tropeçou nos próprios
pés, feriu todo seu rosto
Levantou-se enfurecida apontou para a doce senhorita que por
ali passava
“Foi você senhorita estúpida, és a única culpada”
Pelo rosto da senhorita uma lágrima quente rolava
E prossegui em sua caminhada com uma forte dor ao chegar em
casa gritou:
“Veja papai o que o velho jardineiro e a senhorita estúpida
fizeram!”
O pai assustou-se não com seu rosto, mas com sua mentira e
ilusão
De tudo já sabia, esperava apenas sua confissão
Pegou em sua mão e fez-lhe o convite: Ajoelhe-se minha
menina, faremos uma oração
Feio está o teu rosto, porém mais feio ainda está o teu
coração.
Maraisa Ramos Castro ou Imurchável Isa
Lindo texto, Ísa! =)
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