Tudo o que chega, chega
sempre por alguma razão
Glória Hurtado
“Sempre é preciso saber quando
uma etapa chega ao final...Se insistirmos em permanecer nela mais do que o
tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que
precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não
importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida
que já se acabaram. Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a
casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente
cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se
perguntando por que isso aconteceu....Pode dizer para si mesmo que não dará
mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que
eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em
pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos,
seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha,
seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode
estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos
entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos
ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou
rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já
foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor
que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...Por isso é tão
importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa,
dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste
mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em
nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir
espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar.
Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às
vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere
que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.
Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que
mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas
envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos
que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para
começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo
que o que passou, jamais voltará! Lembre-se de que houve uma época em que podia
viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é
uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito
importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou
por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem
era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que
sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele
veja quem tu és. E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.”
(Gloria Hurtado)
Olá queridos e queridas desse
espaço virtual que há muito já chegou ao seu tempo “final”. Nada melhor do que
a poesia que tanto nos inspirou para encerrar e explicar (?) esse tempo.
Nunca escrevemos por obrigação, por ibope, por dinheiro. Sempre priorizamos o
relacional, a individualidade e a singularidade de cada uma das “Meninas do
Reino” e hoje somos meninas crescidas, embora sempre meninas, embora sempre do
Reino Dele, amadas e amparadas nos braços Dele que é e ponto final.
Hoje cada uma com suas escolhas,
caminhos, prioridades. Algumas dando continuidade às atividades virtuais,
outras mais focadas no “real”. Não importa! Importante mesmo é sabermos fechar
portas, reconhecer ciclos – iniciais e finais e esse blog tem agora o seu “The
End”, o seu “That’s all, folks!”, o seu “gran finale”, talvez sem o
“gran”... risos. O que importa é que é preciso embalar em laço de fita e com
toda a ternura do coração esse espaço que tanto fez por nós e por muitos
próximos ou distantes de nós.
O site continuará no ar, flutuando como uma cápsula de um tempo de recordação, como jóia guardada em caixinha de veludo. Algo a ser recordado, discordado mas que foi plenamente vivido e amado.
Creio que todos têm acesso aos canais de comunicação de cada uma das componentes do blog e qualquer coisa nos escrevam por aqui. Em algum momento prometemos vir “espiar”.
A página do Facebook será deletada
ou ficará como este espaço aqui, embalada, lacrada. Sem movimentos! Agradecemos
as quase 10 mil curtidas por lá e ao mais de meio milhão de pessoas que
passaram em nosso blog/site por aqui. Aos amigos e (i)nimigos conquistados
(risos). Enfim, já escrevi demais, assim como costumo falar demais, sentir
demais, sou ou somos todos um pouco
“over, baby”!
Com amor e gratidão,
Roberta Lima
12/12/2014
Caraca,sempre trazer a memória aquilo que nos da esperança..Sempre irei ler os artigos..
ResponderExcluirFoi muito bom enquanto durou o site. Saudades, manas! Abraço em todas!
ResponderExcluirMuito bom o seu blog, estive a percorre-lo li alguma coisa, porque espero voltar mais algumas vezes,
ResponderExcluirdeu para perceber a sua dedicação em partilhar o seu saber.
Se me der a honra de visitar e ler algumas coisas no Peregrino e servo ficarei radiante.
E se gostar e desejar comente.
Que Deus vos abençõe e guarde.
António.