domingo, janeiro 23, 2011

Que tal um ateísmo mais sincero?

Conheço muita gente que vive como se Deus simplesmente não existisse. São pessoas que fazem tudo na vida baseado em seus próprios desejos, sem se importar se isso ou aquilo tem alguma coisa a ver com o que Deus quer ou planeja para qualquer ser humano.

Conheço muita gente totalmente autocentrada e egocêntrica, cuja única coisa importante é o seu nível de satisfação pessoal, e não o quanto Deus está satisfeito com o que fazem ou deixam de fazer.

Conheço muita gente assim, e conheço muitos pseudo-cristãos assim. Sim, é um direito que tem, algo que um país livre como o nosso permite a qualquer cidadão.

É interessante notar porém, que sempre que alguma coisa dá errado na vida de tais pessoas o primeiro a ser julgado como culpado é Deus! Isso é intrigante: muitos vivem como se Ele não existisse, a não ser quando pressupostamente Ele falha em alguma obrigação com seres tão dóceis, bonzinhos e inocentes como nós!

Isso para mim tem cheiro de canalhice e de gente que gosta de usar a tudo e a todos como bodes expiatórios, pois são totalmente incapazes de aceitar a própria incapacidade. Há, neste caso, gente tão incapaz que nem mesmo para jogar a culpa em Deus servem, pois o fazem com argumentos tão batidos que não colam mais: 'Se Deus é bom ou existe por que deixou isso acontecer comigo?"; essas mesmas pessoas deveriam se perguntar "se Deus é justo por que não ferrou comigo?" diante das besteiras que fazem.

Mas não!

Como estão tão interessadas somente em sua auto-satisfação não conseguem entender que tal argumento é mais uma das celebrações do egocentrismo exacerbado de um mundo pós-moderno.

Assim, gostaria de propor algo: se vivemos como se Deus não existisse, que assumamos isto! Vamos viver por nós mesmos! Vamos confiar em nossa inteligência! Ao fazermos uma análise séria de nossos pensamentos e desejos mais ocultos descobrimos o quanto somos bons, não instáveis e nem pecadores! Vamos parar de orar, de usar expressões como "meu Deus" ou de pedir oração quando o "bicho pega".

Quero propor um ateísmo sincero, de direito e de fato!

Quando for traído, lembre-se, ninguém se importa mesmo!
Quando alguém adoecer, confie na medicina.
Quando alguém morrer, confie na funerária!

Parece ser duro o que estou escrevendo? Sim, também acho que é, assim como acho ser insuportável uma vida em que Deus é um mero detalhe, um apêndice que, se atraver-se a incomodar a gente simplesmente extirpa.

Posso parecer ingênuo, mas creio em Deus; posso parecer bobo, mas ainda me emociono com Ele; posso parecer esperançoso demais, mas creio que um dia vou estar no céu (onde quer que ele seja) e vou estar lá comendo churrasco (com carne mal-passada, afinal Deus tem bom gosto!) e celebrando a eternidade com amigos e amigas.

Você não crê? Ok, mas ainda acho que você poderá estar lá também!
Até porque você pode não acreditar em Deus, mas não acho que Ele vai ficar em depressão por isso!

Marquito (@marquito_pira) Blog Ajuntamento

3 comentários:

  1. Ser autêntico para acreditar ou não e viver definitivamente defendendo sua escolha...Com argumentos ou fé...Eu CREIO, LOGO EXISTO.Isso é real pra mim...Adorei a sinceridade.Abraço.

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  2. Do tipo de reflexão que a gente precisa respirar fundo mesmo... de tão sincera e direta, chega a constranger, mas edifica, e é isso o que importa...

    Para crer ou para duvidar, que sejamos transparentes!

    o/

    Abraços,
    Déia-Pira

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  3. Sempre uma ENORME honra poder aparecer por aqui! Gracias meninas!

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