O astro rei no meio da jornada
No tabuleiro não há sombra projetada
Que hora inadequada para se jogar xadrez!
Um velho poço na beira do caminho
estranho moço sedento, sozinho
Que lugar estranho pra se jogar xadrez!
O primeiro movimento, Ele quem faz
Mas minha resposta não O satisfaz
Será que conhece nossos costumes e leis?
Ele, puro em Sua raça, eu mestiça
Seu olhar cheio de graça, curiosidade atiça
Que sabedoria! Quanta estupidez!
Cada peça no tabuleiro da minha existência
Parece conhecer pra além da aparência
Não são apenas cinco, mas seis!
Nem bispo, cavalo ou peão
poderiam saciar-me o coração
Quanta sede! Quanta avidez!
Sinto-me uma dama na frente de um rei
Minha torre caiu, admito, errei
Como poderia expor assim minha nudez?
Só uma maneira de livrar-me da ameaça
Se quiser retomar o controle, cortina de fumaça
Será que percebeu minha insensatez?
Já que és profeta, me responda por favor
Qual o lugar certo para adorar ao Senhor?
Terei eu desperdiçado minha vez?
Pra quê ressuscitar questão há muito superada?
Pra que se esconder atrás desta certeza?
Será por vergonha, hipocrisia ou timidez?
Minha estratégia já estava bem armada
O Rei, porém, jamais é pego de surpresa
Jesus, quem te ensinou a jogar xadrez?
De repente, o inesperado acontece
Suas palavras, meu coração apetece
Jesus, sacie minha sede de uma vez!
Sem saída, sozinha em meu canto
Deu-me vida, já não preciso mais do cântaro!
Nesse embate, Ele calou meus argumentos
Xeque-mate, é o fim dos meus lamentos.
Nesse embate, Ele calou meus argumentos
Xeque-mate, é o fim dos meus lamentos.
Autor: Hermes C. Fernandes (Baseado no encontro de Jesus com a Samaritana)
Lido em: Hermes Fernandes
0 comentários:
Postar um comentário
Deixe seu comentário, crítica ou observação. Queremos saber o que estamos transmitindo a você.
Mas, deixamos claro que comentários ofensivos não serão publicados.