Jesus ensinava, curava e alimentava milagrosamente
multidões. Tinha em sua comunidade de convivência cerca de 120 pessoas. Certo
dia decidiu comissionar um grupo de discípulos para realizar milagres e
anunciar o Reino de Deus em algumas cidades, 72 foram enviados. Chamou para
perto de si, para andar diariamente com Ele, freqüentar os mesmos ambientes
sociais e ouvir com mais detalhes o Evangelho, apenas 12. Dentre esses, Ele
chamava 3 para orar em momentos de maior necessidade, Pedro, Tiago e João. Dos
3, Jesus escolheu João para confiar a segurança de sua mãe, depois que
morresse.
Em Jesus e em sua maneira tão humana de ser, aprendemos que
as relações humanas são tão diversas e abrangentes quantos forem nossos
encontros, ambientes, predileções e oportunidades. E em diferentes níveis de
profundidade e intimidade.
Acreditar ser possível ter intimidade com a multidão como se
tem com o pequeno grupo, é ilusão. E exigir isso de algumas pessoas mais
notórias e populares é injustiça. Acreditar que a melhor maneira de viver é
esconder-se no meio da multidão e não desenvolver relações pessoais, íntimas e
profundas é grande fonte de melancolia e tristeza.
Depois de tudo, o que contará mesmo é se temos alguém em
quem confiar as pessoas que amamos, quando faltarmos, se temos para quem
entregar as chaves daquilo que na vida guardamos com cuidado. Esta é uma boa
medida para nossa saúde relacional.
Em: Alexandre Robles
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