sexta-feira, dezembro 21, 2012

Salmo das profundezas


Ricardo Gondim
Não caibo no universo.
A vida me cerceia.
O mundo me oprime.
Desejos conspiram contra mim.
Sonhar é frustrar.
Há tortura em anseio assim.
Bóio em panelas de aflição.
Reluto na camisa de força
onde escondo o meu inverso.
Nasci condenado.
Tropeço rumo ao cadafalso.
Torto vou no caminho poeirento.
Bailo no limite desesperado.
Meu destino morre na baia do sofrimento.
Incarno todo o contra senso.
Anjos designados para me ajudar são ordinários.
Solidão e solitude confundem as lágrimas do meu lenço.
Dou lucro a missionários.
Constranjo…
Sigo, apenas sigo…
Sigo, apenas sigo…

Soli Deo Gloria

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