Saiu a lista da revista Forbes sobre as maiores fortunas de pastores
em todo o mundo e temos alguns brasileiros ocupando posições honrosas (?!) em
tal lista. Confesso que minha cabeça tem dificuldades em processar tal “feito”.
Pastores em rankings de milionários? Passo a um raciocínio puerial e
minimalista. Me pergunto:
- "Pastores são os que cuidam de ovelhas e
pregam o evangelho segundo os preceitos religiosos mais basilares?”. A resposta é: - “sim”.
- "O evangelho é baseado na pessoa de Jesus, o
Cristo, sendo escrito que o mesmo não tinha onde reclinar a cabeça?”. A resposta é novamente: - "sim”.
- " O mesmo evangelho cita que o amor ao dinheiro é a raiz de
todos os males? E que não podemos ser amigos de Deus e das riquezas?”. A
resposta mais uma vez é: - "sim”.
Longe de mim fazer apologia à
pobreza ou à miserabilidade. Penso que podemos e devemos ter uma relação
equilibrada com o dinheiro. Fica claro nos exertos do evangelho mencionados
acima, assim como em outros que compõem o arcabouço bíblico de que “ter
dinheiro não é problema, o problema é quando ele nos tem”. Quando fazemos
dele amigo ou objeto de amor e devoção, aí sim estaremos encrencados.
Sinceramente, não acredito que
seja viável ou no mínimo, moral, termos pastores em listas de milionários ou
quase bilionários. E não me venham com justificativas bíblicas para tal
condição. De fato a dita “teologia da prosperidade” funciona, mas me pergunto:
“- A quem a mesma se liga ou se re-liga (resgatando-se aqui o religare- termo
derivativo da palavra religião” em latim?). Não acredito MESMO que seja com Deus.
Pelo contrário, percebo uma
ligação muito mais estreita com o capital, com o mercado que insanamente diz
aos humanos (?!), CON-SUMA ou então SUMA como gente. É este o sistema. O status quo que nos diz, compre, compre!!!
Não seja, tenha! Degrade, polua, não viva, não sinta: apenas, COMPRE!
Compre até mesmo as “bênçãos”!
Tudo é possível ao que crê!! (Propositadamente uso um texto fora de contexto,
para produzir as tão corriqueiras “heresias nossas de cada dia”.).
Consuma fé em correntes de
prosperidade, sacrifícios financeiros, na compra de indulgências e amuletos
modernos e de outras sandices que passam ao largo do que possamos enxergar com
a “vinda do Reino” de paz e justiça sobre a terra*.
Almeje a todos os carros importados,
a todas as roupas de grife. Afinal de contas: “Templo é dinheiro!” e “Pequenas
igrejas hoje são muitas vezes grandes negócios”.
Esqueça-se do versículo abaixo:
“Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens
preparado, para quem será?” _Lucas 12:20
Teria muito o que falar, mas
deixo as imagens do post, o versículo citado acima e o vídeo abaixo para que possamos
pensar ou repensar o que temos chamado de cristianismo e modo de ser-existir...
PS! Sei que os verdadeiros
pastores não se ofenderão com o post, pois se sabem marginais neste sistema
corrupto-religioso reinante em nossos dias!
*Romanos 14:17
Roberta Lima
Roberta Aureliana Michaelis, não sei porque, mas me deu uma saudade agora do meu antigo dicionário escolar Silveira Bueno...rs...
ResponderExcluirAff, Fabiano!
ExcluirAté reli o texto depois desse coment...tu és exagerado sempre, né mano? O bom é que és engraçado sempre tb: Roberta Aureliana Michaelis ficou divino (só que não)...kkkkkkkkkkkkk
Esse mercado da fé é monstruoso!!
ResponderExcluirInfelizmente, Fábio!
ExcluirEste é um dos adjetivos que bem cabe ao "mercado da fé", se bem que "mercado" e "fé" além de não rimar, não deviam nem mesmo combinar...
abraços!
HADOUKEN!!!!
ResponderExcluirAnjinha tú tem o dom!!
Um texto claro, cheio de verdades, imparcial
Fabiano você por aqui querido?! Quer tomar uma xícara de chá de maçã?! Não será incomodo algum! rsss
Hadouken neles, né mana-anja?
ExcluirTemos o dom, mana! E que "de quando em vez" nossos dedinhos além de serem usados para poetizar e acalentar, sejam usados para denunciar aquilo que o post da Lu definiu mais acima como algo que nem "teologia" deve ser considerado!
bjooooooooo