por Fabrício Cunha
Era pra ser simples. Alguém começa a falar algo pessoal, importante, a se abrir, a contar a sua história, nós devíamos, automaticamente, parar e ouvir. Só isso.
Parar e escutar e acolher.
Parar – num mundo onde estamos todos ocupados, não temos tempo para parar e oferecer ao outro aquilo que temos de mais precioso, nossa atenção.
Escutar – é mais que ouvir. É colocar o corpo todo, não só os ouvidos, em estado de atenção a quem e ao que se está ouvindo.
Acolher – é deixar aquilo que está sendo compartilhado entrar pelos ouvidos, percorrer o caminho da alma, até chegar em paz ao coração. É o passo mais difícil. É difícil porque sempre achamos que temos algo a dizer, que já sofremos aquilo, que sabemos o que o outro está sentindo, porque adoramos oferecer receitas simplistas para questões complexas.
Nossa dificuldade de lidar com a intimidade, nos impele a relações cada vez mais superficiais e funcionais.
O remédio ainda é a boa e velha, como diz Rubem Alves, escutatória.
Tão simples..
0 comentários:
Postar um comentário
Deixe seu comentário, crítica ou observação. Queremos saber o que estamos transmitindo a você.
Mas, deixamos claro que comentários ofensivos não serão publicados.