Gestão e Felicidade
por Ed René
A Bíblia não define felicidade, diz Ariovaldo Ramos, mas descreve o tipo de gente que é feliz. Ao analisar o Salmo 1, disse que “feliz é aquele que sabe onde está o verdadeiro prazer”, a saber, na meditação na Lei do Senhor, isto é, a Lei do Amor, pois toda a Lei se resume em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo. Aqueles
que entram na dinâmica do amor se distinguem dos rebeldes, dos
escarnecedores e dos ímpios, isto é, se submetem a Deus e seu jeito de
fazer as coisas, em detrimento de se associarem com aqueles que desejam
construir um mundo sem Deus.
O mundo sem
Deus é um mundo estressado e estressante, onde o homem tenta
desesperadamente resgatar o paraíso às custas de suas próprias forças e
às expensas de tudo e todos. O mundo com Deus (ou de Deus) é um mundo
descrito em linguagem orgânica, viva, através das imagens “árvore,
folhagens, frutos, fontes de águas, vento”. Na dinâmica do amor, a vida tem balanço, obedece ciclos onde cada coisa acontece a seu tempo.
Esta visão conduz à afirmação de que “nada no universo frutifica o tempo todo”,
o que confronta dramaticamente o espírito moderno de busca frenética de
resultados. A árvore plantada junto aos ribeiros de águas dá seu fruto
na estação certa. Não se promete fruto todo dia e toda hora. O que se
promete é uma folhagem viçosa, isto é vitalidade da árvore, ou se
preferir, uma árvore que sempre dará fruto na época de dar fruto. Enquanto
a economia humana está baseada em fazer para garantir resultados, a
economia divina está baseada em ser para garantir vitalidade. A
convicção é que “todo ser vivo frutifica”, em contraposição à falsa
afirmação de que “todo ser ativo produz o tempo todo”.
O que isso tem a ver com felicidade?
O que isso tem a ver com gestão? E o que gestão e felicidade tem a ver
com isso? Compreendo que felicidade, aqui, significa satisfação: ver o
fruto do seu trabalho e ficar satisfeito, dizer ao final: “Isso é muito
bom, isso é suficiente”. Aqueles que compreendem
que nada no universo frutifica o tempo todo, terão paciência no tempo de
arar a terra, aguardar a chuva, semear na estiagem, e esperar as flores
e frutos. Ao final, apesar das lágrimas dos processos, voltarão
com alegria, trazendo sua colheita abundante. Aqueles que quiserem
frutificar o tempo todo se arremessarão freneticamente no ativismo,
levarão a terra à exaustão, atropelarão pessoas, precipitarão processos,
e ao final ficarão frustrados e desiludidos a se perguntar o porque do
fracasso após tanto trabalho. Por esta razão, acredito que felicidade e
gestão têm tudo a ver com isso.
O segredo não é trabalhar sem tréguas esperando resultados diários e imediatos. O
segredo é trabalhar em sintonia com a dinâmica do amor e os ciclos da
vida, garantindo que as árvores estejam plantadas junto às correntes de
águas e zelando para que cada árvore tenha sua folhagem brilhando de
vitalidade, na certeza de que no tempo certo, darão seu fruto. O difícil é saber, no contexto da gestão e operação, onde estão as correntes das águas.
© Ed René Kivitz
Desculpa-me se em algum momento coloquei algo ofensivo aqui.Só queria ser sincera.Como a sinceridade pautada na palavra de Deus,ñ lhe interessa,falar mais o que,né? Melhor msm falar c papai somente.Bjão linda !!!(Obg por ter publicado meu comentário)
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