Há um tempo eu li o livro Proibida a entrada de pessoas perfeitas – um chamado à tolerância na igreja (Editora Vida) - de John Burke, pastor da igreja Comunidade Gateway em Austin, no Texas. Posso dizer que a leitura do livro causou em mim as mais diversas reações: tive sentimentos de receio, espanto, dúvidas, certezas, alegria e, sobretudo, esperança.
A Gateway é uma comunidade que aceitou desafio de comunicar o Evangelho para uma sociedade pós-moderna, como a nossa. Localizada numa cidade que foi considerada pela revista Forbes como a “mais atraente” da América, o melhor lugar para os solteiros que chegam de todo o país em busca de emprego numa das capitais da alta tecnologia, das artes e do lazer. O cenário: a nossa sociedade completamente desordenada, bem parecida com o que lemos sobre o estilo de vida da cidade de Corinto, para quem o apóstolo Paulo escreveu.
Dentre as muitas coisas que me chamaram a atenção na leitura do livro, na reflexão sobre as experiências compartilhadas nele e o que a Palavra nos diz, vou destacar apenas uma aqui:
Um chamado à tolerância
No início, tive receio disso. O meu primeiro desafio foi abrir a minha mente e permitir a possibilidade de que, como cristãos, podemos ser tolerantes sem abrir mão dos princípios da Palavra de Deus, pois, afinal, eles são inegociáveis.
Então li: “Podemos demonstrar como Deus é tolerante para não punir imediatamente todos os nossos pecados e erros. Em seu amor e misericórdia, por causa da cruz de Cristo, ele prontamente vê como somos diferentes dele” (pág. 51).
E ainda um outro trecho convidou-me para a reflexão: “Creio que a nossa geração está incrivelmente aberta à verdade espiritual e ao diálogo, mas ela cresceu num mundo de crenças conflitantes. As pessoas percebem quando os cristãos são arrogantes e fechados para considerar a ‘verdade’ dos outros. (...) Elas não resistem à verdade; resistem à arrogância” (pág. 53 e 54).
Ser tolerante não quer dizer que você concorde com o estilo de vida que a outra pessoa tem vivido – caso seja pecaminoso e contrários aos valores de vida do Evangelho. Ser tolerante pode ser prova de maturidade daqueles que compreendem que o amor ao próximo é a arma mais poderosa e eficaz de comunicar as boas-novas. A tolerância nada mais é do que permitir que aqueles a quem alcançamos com a mensagem da salvação sejam humanos. E, se realmente queremos fazer a diferença nesse mundo, precisamos, de uma vez por todas, confiar que é Deus quem transforma o interior do ser humano, através da atuação de seu Espírito. A nós cabe o amor, a tolerância, o ser luz e ser sal, mas quem transforma é Ele.
DICA DE LEITURA:
Proibida a entrada de pessoas perfeitas - Um chamado à tolerância na Igreja
Editora Vida, 2006.
Andréa Cerqueira
Déia,
ResponderExcluirVc esqueceu de assinar o post...rs.
Não li esse livro ainda, mas fiquei meditando sobre a questão da perfeição após ler teu texto. Creio que temos uma concepção errada sobre ser perfeito...até twittei sobre o tema no meu TT pessoal...rs.
Mais um livro para a minha NADA extensa lista.
Bj mana =)