Eu não sei quanto a você, mas dentre os mais famosos personagens bíblicos, o que eu menos ouço falar é sobre José, o “pai” de Jesus. Quando se fala acerca de José, o primeiro que vem à minha mente é o José que ao interpretar o sonho do Faraó chegou a governador do Egito, conseguindo assim poupar muitas vidas, incluindo a de seus irmãos e de seu amado pai. Esse é o José mais famoso de toda a Bíblia. E, embora eu considere incrível toda a sua experiência e importância na história do povo de Deus, hoje quero compartilhar algumas reflexões minhas acerca desse outro José, o “pai” de Jesus.
Estava estudando novamente os Evangelhos em busca de detalhes e percepções sobre a vida de Cristo quando os poucos relatos sobre José me chamaram a atenção. Não se sabe muito sobre ele, é verdade, talvez por isso não seja tão comentado, mas cada decisão que ele tomou foi determinante para o plano de Deus de apresentar seu filho unigênito, que viria a ser o Salvador do mundo. Não vou teologizar sobre a idade de José, sua morte ou explicar porque não há registros na Bíblia sobre seu fim. Quero compartilhar o que há na Palavra o suficiente para tirarmos grandes lições sobre ele.
José iria se casar com Maria, com quem estava noivo. Carpinteiro, provavelmente estava preparando sua morada a fim de buscar sua noiva e consumar o casamento. Devia estar cheio de planos para seus negócios e sua família, até que tudo mudou. Deus revelou, através de sonhos, muitas coisas sobre o quanto seus planos eram diferentes dos planos de José. É a linguagem que o Criador usa para falar com ele. É através de sonhos, que os sonhos de José são completamente modificados. Sua noiva encontrava-se grávida, mas ele não deveria deixa-la, pois isso era algo que o Espírito Santo havia realizado. José então seria “pai” e, um detalhe, o nome de seu filho já fora escolhido.
Genuinamente falando, eu, no lugar de José diria: Ok, Paizão, qual é o meu papel nisso tudo hein? Porque me parece que não tenho serventia nenhuma aqui... (risos).
Seria engraçado se não fosse tensa a situação. No decorrer de nossas vidas, lidamos com inúmeras situações de escolhas importantes, tal como José. Ele escolheu receber sua noiva grávida, um filho que já veio com nome, fugiu deixando sua família e seus negócios para que a criança ficasse em segurança e quando voltou, foi para Nazaré, uma terra que não era a sua. Duas coisas me chamam muito a atenção nisso tudo, a primeira delas é a forma como Deus usa uma linguagem específica para falar com José: sonhos. Outra é José aceitando, vez após vez, ser o coadjuvante no plano de Deus.
Gosto muito de artes e de comunicação e, por já ter trabalhado na área, sei o quanto os bastidores são importantes. Também já trabalhei em tempo integral num ministério e sei que, sem o trabalho de muitas pessoas que não aparecem num púlpito, nenhum ministério se sustentaria por muito tempo. O que acontece é que os coadjuvantes e os que sequer aparecem em cena, são fundamentais e aprendi a valorizá-los.
Num mundo pós-moderno em que o cristianismo tem seus “super stars”, reflito sobre José e me emociono. Ele, o carpinteiro que deixou seu lar e família e foi para outra terra começar tudo do “zero”, que teve sua participação na criação de Jesus e lhe ensinou seu ofício. Ele, de quem pouco sabemos, mas que, sem sombra de dúvida, foi o personagem principal, ao lado de Maria, no plano de Deus para salvar a todos nós.
Sei que o cristianismo precisa de muitos “Josés” e “Marias” em nosso tempo. Pessoas que nem sempre são a estrela principal, não são foco dos holofotes, mas sem as quais nenhuma obra poderia ser realizada. Que possamos aprender a escolher os sonhos de Deus para nós simplesmente pelo fato de que é um privilégio poder servi-lo, seja qual for o nosso papel.
Prosseguindo e aprendendo,
Déinha
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Muito bom mana!
ResponderExcluirEstava com saudades de te ler...aff!
Edificada mode ON
Bjs
=)
Voltando mana!!!
ResponderExcluirComo diz Carlinha: envergamos, mas não quebramos!!!
=]
SSF¹!