Por Roberta Lima
Já perdi as contas de quantas vezes me peguei assustada, ansiosa, desanimada, como também já perdi as contas das vezes em que me levantaste, me animaste, me encorajasse.
Eu gostaria de andar em linha reta por mais tempo, mas geralmente me pego circulando pelas bordas da existência. Abaixo os olhos, não vislumbro horizontes com os ombros descaídos. Avisto poeira, avisto canseira, avisto enfado, avisto a dor latejando por entre os dedos.
O cansaço me abate, rebate em minha face de que não vale a pena em Ti confiar, por Ti esperar, a Ti se entregar.
Parece tudo insano, contraditório, desumano. Quando consigo pensar em Ti é para te pedir que me tires daqui. Os dias são maus e se prolongam. A hora é escura e suas sombras me incomodam. Lembro-me então do Mestre que disse: “não peço que os tire do mundo mas que os livre do mal”. Lembro-me também que é verdade que nunca me deixaste, jamais me abandonaste.
Vislumbro-me correndo para ti, me jogando em Teus braços e em meus pequenos passos de regresso corres apressado ao meu encontro, me tomas com Teu aconchego, recebo acolhimento, sou tua filhinha personalissimamente amada.
Não há condenação em Teus olhos, há amor.
Amor que me constrange, amor que me embala, amor que por si só me consola.
Estou segura no Amor, presa a laços invisíveis que me fortalecem e me lembram que é preciso descansar, confiar.
Abandonar-me aos Teus cuidados e já não mais estar abandonada.
Jogar-me em Teus braços é já não mais ser joguete das circunstâncias.
Confiar em ti é tudo o que preciso. Da confiança brotam a paz, a segurança, o sossego, o alívio, a coragem, a força.
Muitos procuram a fonte da vida, encontrei há muito em Ti a fonte da existência.
Bebo do Teu amor, do teu perdão. Sou mais uma vez refeita, recomposta, reanimada e realinhada na Jornada que me leva para mais perto do que muitos chamam de Tua “boa, agradável e perfeita vontade”.
Sem hipocrisias ou falsas alegorias, o fato é único e simples assim: Eu sou nada sem Ti.
Sendo aperfeiçoada na confiança, na fé e no amor,
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