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Sou movida por música. Frequentemente
sou aquele tipo de pessoa que ouve a mesma canção uma centena de vezes, até absorvê-la.
Aconteceu hoje.
Ouvi uma canção que, traduzida,
dizia: “Amar pode machucar, amar pode
machucar às vezes, mas é a única coisa que conheço”. E qualquer que seja o nível
de amor que usemos como exemplo, é verdade, amar pode machucar. Acertando e
errando, já aprendi que o amor humano é imperfeito. Creio que somente o amor divino expresso na
cruz de Cristo é capaz de nos completar, pois todos os demais amores, familiares,
fraternos e românticos, podem nos machucar. E pior ainda, é que podemos machucá-los
também. Já estive dos dois lados da moeda em todos esses níveis de
relacionamentos, errei e erraram comigo. O fato é que estamos sujeitos a
decepções e, por ironia, elas costumam ser uma generosa escola de aprendizado.
Acredito que a grande questão não
está em machucar ou ser machucado, mas em nunca mudar o status de uma ou outra condição.
É preciso que haja mudança de atitude. Não raramente, encontro pessoas com
origem, cultura, oportunidades e experiências distintas na vida, mas que têm em
comum o alimentar “eternamente” seus corações partidos. São incapazes de abandonar
a decepção e seguir adiante. Contudo, não desdenho a dificuldade de recuperação
de um amor desfeito, mas creio em sua possibilidade. O mal está em apegar-se a
um amor como se a própria dor fosse capaz de fazê-lo renascer, puro e forte, no
coração do outro outra vez. É o tipo de sentimento que adoece a alma. Há quem
nunca mais volte a experimentar o amor.
Ouvi ainda na canção: “Amar pode curar, amar pode consertar a sua
alma, e ele é a única coisa que eu conheço”. Se o amor pode nos machucar, é
verdade que ele mesmo pode nos curar. Amar pode ser veneno e, igualmente, pode
ser antídoto. Não importa que tipo de amor foi partido, a decepção pode ter
sido causada por seus pais, filhos, algum amigo ou ainda, por seu par romântico. Para quem partiu seu coração, é
preciso oferecer-lhe perdão, porque é importante que haja em você humildade o
bastante para perdoar e se recuperar. Por outro lado, você pode ter causado
essa dor, de modo que é imprescindível que haja em você humildade o suficiente
para se desculpar com sinceridade, aprender com seus erros e não arrastar-se
pelo caminho restante se desmanchando em culpa. Algumas vezes é necessário
perdoar-se antes de prosseguir. Por fim, não dá para garantir que jamais
seremos os algozes de um amor ou vítimas dele e, ainda assim, é preciso arriscar.
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ao som de “Photograph” – Ed Sheeran
#2 Andréa Cerqueira - (@acspira)
Texto lindo!
ResponderExcluirVerdade, Deh! É preciso arriscar!
Acredito no Amor!
Também acredito no amor, no perdão...
ResponderExcluirPenso que ambos estão interligados, entrelaçados, amalgamados, como se não fosse posse possível amar por inteiro, sem que de todo coração tenhamos nos arrependido ou perdoado quem, de alguma forma, nos ofendeu
Linda reflexão!
Essa cura é dolorida....
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