Muitas vezes me sinto um ET por que constantemente tenho que me calar, pois alguém não entende algo que eu falo e na profundidade que precisa ser compreendido… Por que me chamam de “intelectual” ou por que dizem que tenho um gosto musical “refinado”, às vezes acho que o refinado sempre vem com um sentido pejorativo.
Eis algumas coisas que nunca fiz e não consigo fazer. Talvez eu seja mesmo um ET:
Ler livros de auto-ajuda, talvez eu até precise agora, se é que esse texto pressupõe uma crise, embora eu acredite que esse tipo de crise não se Cury com psicologias tão baratas e superficiais.
Ler livros de apologética cristã que tratam de assuntos bíblicos dissociado da cultura em geral, ou seja, Livros que são escritos para a “igreja”. Eu vivo num mundo que tem 24 hs por dia e 168 hs por semana, dessas 168 hs só estou em média 8hs por semana na “igreja”, ou seja, eu preciso de reforço e orientação pra minha vida lá fora no “mundo”, orientações teológicas e filosóficas para minha vida como cristão no mundo e que nem sempre vai encontrar pessoas que acreditam na bíblia. Não sou contra estes livros, mas acho que eles atendem uma demanda maior do que seria de fato necessário se tivéssemos uma consciência plena da aliança que fizemos com Deus e não precisássemos estar sendo impactados e trazidos de volta ao caminho, pelo menos por meio de pregações, livros e eventos.
Ler livros de tratados teológicos ou teologia sistemática, estes não sei explicar porque, talvez por causa das muitas interpretações em torno de um tema me deixe com a impressão de que a palavra pode ser relativizada ao sabor de qualquer doutrina. Prefiro eu mesmo ir aos evangelhos e buscar as verdades de Cristo.
Ouvir musica “Gospel”, para começo de história, gospel mesmo para mim é um estilo musical estadunidense, o gospel brasileiro é um golpe mercadológico que deram na musica evangélica brasileira que é carregada de influências da cultura musical estadunidense, a musica Cristã autenticamente brasileira surge por volta da década de 70 com Sergio Pimenta, Guilherme Kerr, Vencedores por Cristo e outros mais, me corrijam os historiadores da musica Cristã brasileira se eu estiver errado.
Ouvir musica de “Adoração”, gosto da adoração que não perde a subjetividade e profundidade necessária que nos faz sentar e pensar no que estamos cantando e cuja proposta é adorar o Deus que se manifesta na criação, diferente de muitas musica que são propostas hoje, pois quando não tem o homem como centro apela para a superficialidade do discurso fazendo as pessoas pularem, levantarem as mãos e até chorar, mas no dia seguinte se não tiver aquela dose hipnótica para ouvir não se lembra mais o que se cantou e “decretou”.
Na verdade não me sinto nem um pouco ET, pois independente do que alguém pense sobre o que faço ou deixo de fazer sei que vivo minha individualidade respeitando a coletividade, pois Deus nos chama individualmente para vivermos e sermos arautos seus na coletividade.
Emmanoel Jetro
Lido em: Blog Andeiro
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