Chegamos mais uma vez ao momento em que tudo ao nosso redor é Natal: o vermelho e verde tomam conta das lojas e espalham-se pelo restante da cidade. Árvores, luzes, bolas brilhantes e, claro, o Papai Noel, aparecem nos encartes das propagandas e nos vídeos na TV, invadem calçadas, shoppings e centros comerciais. Nos telejornais, destaque para as boas ações, histórias emocionantes de pessoas simples que tenham feito algo extraordinário, de entidades assistenciais que ajudam pessoas a superarem suas limitações, as pautas giram em torno do chamado “espírito natalino”. Hoje, quando o relógio apontar a meia noite e anunciar a chegada do dia 25 de Dezembro, nós vamos celebrar. A pergunta é: o que vamos celebrar?
Talvez eu não tenha uma recordação detalhada do clima de Natal na TV no ano passado, mas nesse ano, atentei para uma palavra que foi mencionada muitas vezes: família. Em várias das reportagens que assisti, algumas pessoas diziam que estavam comprando presentes, mas muitas delas disseram que o 13º salário desse ano seria destinado para pagar contas e que o importante mesmo era estar com a família nessa data. Algumas previsões de pesquisas realizadas para medir a intensão de compra dos brasileiros para o Natal apontavam para um maior número de pessoas quitando dívidas ao invés de contrair outras. Durante a crise econômica mundial de 2008, lembro-me das ofertas de crédito, redução de IPI e medidas tomadas para que a economia brasileira não fosse afetada tanto quanto a de outros países, naquele período. Com tanto estímulo para gastarmos, recordo que disse para o meu pai: temos comprado tanto, incluindo os bens duráveis (casas, apartamentos, carros, entre outros) e contraído dívidas de longo prazo (financiamentos), que receio que, em poucos anos, estaremos bastante endividados, e se houver novas crises, como as enfrentaremos? Neste ano tivemos mais ofertas de crédito, redução de IPI e outros estímulos para o consumo e de fato, estamos muito endividados. É provável que uma coisa tenha contribuído para a outra: pagamos mais contas, gastamos menos e valorizamos outros aspectos do Natal. E tenha hoje o formato que a família tiver, ela surge mais uma vez como um pilar fundamental na sociedade. Se não podemos dar aos que amamos todos os presentes que gostaríamos (e que eles gostariam que lhes déssemos), voltamos a valorizar os sentimentos que cercam essa celebração: fraternidade, comunhão, perdão, amor. Damos menos presentes, mas estamos mais presentes.
Ainda tenho as minhas restrições com todo o comércio que se tornou essa celebração cristã e é justamente por isso que, há alguns anos, faço questão de algumas coisas essenciais para o Natal: família, comunhão e Jesus Cristo. Nos reunimos, comemos e bebemos, rimos e nos emocionamos. E, juntos, buscamos lembrar que essa naturalidade com que compartilhamos esses dias de festa é justamente o sentido que o Natal deve ter. E o “aniversariante”, claro, não pode faltar. Luzes, árvores, bolas brilhantes e até os presentes podem faltar. Jesus Cristo e Família, não. Então nos recordamos o motivo pelo qual ele nasceu: Deus tomou a forma de homem para nos salvar. Nasceu, cresceu, viveu, morreu e ressuscitou com esse propósito, mesmo sendo nós tão imperfeitos, e é por isso que podemos e devemos celebrar. Como disse Eugene H. Peterson “Jesus é Deus que desce até nós, fazendo-se como somos, sem exigir a ascensão da nossa vida à condição divina para depois aprovar nossos esforços”. Então, é Natal, celebremos verdadeiramente!
UM FELIZ NATAL PARA VOCÊ, REPLETO DE SIGNIFICADO: QUE SEJA FAMILIAR, COM PAZ, ALEGRIA, ESPERANÇA E FÉ EM CRISTO!
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#2 Andréa Cerqueira
(@acspira)
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