Em uma era de tanto consumismo e materialismo é difícil não deixar nossa matéria se consumir por esse afã galopante de ter cada vez mais, ainda que seja para confirmar a célebre frase de que:
“compramos coisas que não precisamos, com o dinheiro que não temos, para impressionar pessoas das quais não gostamos”.
Sempre falo que aquele que é amigo É amigo pelo que você é e não pelo que tem. Não concebo outra forma de amizade em que bens, aparência ou marcas sejam validadores, qualificadores ou quantificadores.
Reitero que não estou fazendo apologia ao quanto pior melhor, mas apenas te convido a uma pequena reflexão, que não é inédita mas que foi despertada em minha mente no último domingo mais uma vez.
Fui caminhar em uma das praias mais badaladas do Sul do país e é comum vermos carros importados, pessoas com roupas de grife e todo o arsenal que compõe o “look” de um lugar turístico e famoso. Como sou moradora da cidade e já estou acostumada ao seu “glamour” e ilusório brilho, saí com roupas adequadas ao exercício físico e percebi que o solzinho e a temperatura mais amena havia feito mais pessoas terem a mesma ideia que a minha. Muita gente na rua e o cenário montado. Apesar de boa falante, sou boa observadora também e fiquei caminhando pela orla, desci até a areia para andar pertinho das ondas (ainda que de agasalho e tênis...rs) e fiquei perdida em divagações e sensações e fui inundada pela alegria de ver o sol brilhando sob o lindo céu de inverno, seus reflexos sobre o mar, a areia, o vento, as crianças brincando, outras pessoas se divertindo com esportes, enfim, a vida pulsando...Pensei com meus botões: está aí, tudo disponível e de graça! Por que tantos se atropelam se a felicidade está no simples, naquilo que é aparentemente pequeno, mas jamais insignificante? A beleza das flores, o voo dos pássaros, a risada gostosa de uma criança, um abraço de alguém que nos ama, um afago inesperado, a boa sensação de caminhar e oxigenar a mente, saborear um singelo sorvete, sentar na areia e ouvir o mar sussurrar, de repente ouvir o celular tocar e alguém de longe dizer que te ama...enfim: coisas simples, gratuitas e que trazem vida para a vida.
Que possamos ter olhos bons para enxergar o belo e o verdadeiramente rico que existe ao nosso redor. Sei que não estou falando nada novo, mas não esqueçam de lembrar-se de que nem sempre o melhor é o mais caro!
Em simplicidade de vida,
Roberta Lima
"Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz.” Mt 6:22
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