...
Ela recomeça, volta a ser, a
produzir-se novamente. Caminha sem esperar, apenas segue a trilha proposta. Dia
que se vai, consumindo-se na manhã que chega ao fim. E assim ela vai, retomando
o melhor de si.
Sabe da poesia que tem a estrada,
do chão marcado, da vida empoeirada. Que poucos olhos podem ler e compreender. Sente
as gotas do suor, as lágrimas da pele de uma alma inquieta. Conhece o gosto
salgado do labor, as marcas das mãos que calejam.
Possui joelhos que vacilam,
coração que pulsa firme, pés que desbravam. Seus passos avançam, um caminho
conta sua história. Carrega na face o brilho dos olhos que ardem esperança. Mulher
que se reconstrói, obstáculos que deixa para trás.
Uma canção toca, o caminho
floresce, os passos apressam-se. E antes que ela se perca, uma vez mais grita,
implorando. Que esse dia não seja apenas um instante, ou que ela passe. Que viver
seja o plantar de uma semente, de quem tem garra. Ciente de que viver não tem
ponto final, tem ponto e vírgula e reticências... e a coragem de carregar em si
um eterno amanhecer.
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"O Eterno refez toda a minha vida depois que depositei diante dele todos os cacos. Quando resolvi acertar as coisas, ele me permitiu um novo começo. Agora estou atento aos caminhos do Eterno, mas não por mera condescendência. Todos os dias, examino seu modo de agir e tento aprender o máximo que posso. Sinto-me refeito, e não descuido dos meus passos. O Eterno reescreveu o roteiro da minha vida quando abri o livro do meu coração diante dele."
(Salmo 18:20-24 - A Mensagem)
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#2 Andréa Cerqueira
(@acspira)
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