CORRIE TEN BOOM
Ela
enfrentou o nazismo para salvar vidas.
Paulo Alexandre Sartori
Cornélia
ten Boom, conhecida como Corrie, nasceu na Holanda em 15 de abril de 1982 numa
família cristã, a mais nova de quatro irmãos. Casper, seu pai, era relojoeiro e
Corrie aprendeu esse ofício, tornando-se a primeira mulher relojoeira
licenciada em seu país. Com 30 anos de idade, ela começou a ministrar ensino bíblico
em escolas públicas, igrejas e para crianças deficientes. Um ano antes, sua mãe
havia falecido.
A
devota família dos ten Boom era conhecida pela atitude prestativa para com
todos. Em 1940, quando os nazistas invadiram a Holanda, Corrie e sua família
começaram a esconder refugiados em sua casa. Dessa forma, eles livraram membros
da resistência holandesa e muitos judeus da morte certa nas mãos da Gestapo, a
polícia secreta nazista.
Assim
começou “o refúgio secreto”, como ficou conhecido o lar do ten Boom. Quartos
camuflados foram construídos, mas a comida era escassa devido ao racionamento
de guerra. Graças ao trabalho de caridade, Corrie havia cuidado da filha do
encarregado da distribuição de alimentos. Com isso, ela conseguiu suprimentos
extras. A idéia dos ten Boom foi imitada por outras famílias, que dispuseram
suas casa para proteger os perseguidos.
Em
fevereiro de 1944, os alemães prenderam a família ten Boom e os enviaram para
uma prisão na Holanda, onde o pai de Corrie morreu dez dias depois. Mais tarde,
ela e uma irmã foram transferidas para um campo de concentração na Alemanha.
Sua irmã, irmão e um sobrinho morreram em conseqüência do encarceramento. Por
um erro administrativo, ao invés de ser morta como outras prisioneiras de sua
idade, Corrie foi solta um dia após o Natal de 1944.
Após
a guerra, Corrie ten Boom retornou à Holanda para estabelecer centros de
reabilitação. Ela voltou à Alemanha em 1946 e passou muitos anos de ensino
itinerante por mais de sessenta países. Corrie narrou a história de sua família
e seu trabalho durante a II Guerra Mundial e seu livro mais famoso, O Refúgio Secreto, transformado em filme
em 1975.
Em
dezembro de 1967, Corrie ten Boom foi honrada com o prêmio “Justos entre as Nações”,
concedido pelo Estado de Israel. Em 1977, aos 85, Corrie mudou-se para a
Califórnia/EUA. Um derrame cerebral reduziu sua capacidade de comunicação e
deixou-a paralisada. Em 15 de abril de 1983, em seu 91° aniversário, ela veio a
falecer.
“A
medida de uma vida, afinal não é sua duração, mas sua doação.”
Corrie
ten Boom
Paulo Alexandre Sartori é membro da Comunidade da Graça Sede, arquiteto, atua
no Ministério com Jovens local, e é responsável pela revisão e elaboração de textos
para livros, apostilas e boletins.
Lido
em: Revista Comuna
Que linda Vida, viveu realmente aquilo que ela acreditava.
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