sexta-feira, janeiro 14, 2011

:: Ainda há tempo de marchar ::


"Não tenham medo. Fiquem firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes trará hoje [...]. O Senhor lutará por vocês; tão-somente acalmem-se. Disse então o Senhor a Moisés: Por que você está clamando a mim? Diga ao povo que marche.”
Êxodo 14.13-15

“Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.”
Tiago 2.26

“Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.”
Hebreus 11.6


Às vezes tenho medo de um dia chegar lá na frente, olhar pra trás, e perceber que deixei de tomar atitudes necessárias por falta de coragem, por receio de me arriscar, por falta de confiança em Deus.

Tenho medo de chegar lá na frente e perceber que a voz de Deus me convidando a fazer algo era mais nítida do que eu supunha ser, mais audível do que eu pensava escutar e muito mais real do que imaginava.

Tenho medo de, um dia, perceber que o mar não se abriu e escravos cativos não foram libertos, porque eu negligenciei a voz de Deus...por simplesmente me faltarem forças para marchar, por pura falta de fé para estender a minha mão sobre o imenso mar.

Tenho medo de, lá na frente, perceber que a minha família não se salvou das muitas águas do dilúvio que acabaram com a vida na terra, porque eu fui teimoso em não construir a arca...porque, diferente de Noé, não fiz tudo conforme o Senhor me ordenou (Gn 7.5).

Tenho medo de não conseguir ver o arco-íris da aliança de Deus surgir soberano depois da tempestade, porque eu mesmo sucumbi ao dilúvio.

Tenho medo de não conseguir entrar na terra tão sonhada e prometida, porque a minha falta de fé e a minha ingratidão me fizeram perambular sem destino por quarenta anos no deserto.

Tenho medo de que uma multidão de ovelhas famintas e sem pastor continue passando fome e seguindo sem direção, porque eu julguei ser pouco os cinco pães e dois peixes que Deus me deu e, por isso, por eles não agradeci, a eles não abençoei, e sequer os reparti...porque, diferente de Jesus, eu não me enchi de compaixão dos necessitados.

Tenho medo de que a “bíblia” que Deus está escrevendo através da minha vida não contenha relato de milagres. Tenho medo de que meu nome não faça parte da galeria da fé que Paulo começou a escrever em Hebreus. Tenho medo de ter que ver para poder crer, em vez de crer para poder ver.

Tenho medo de ser divinamente avisado de coisas que ainda não se veem, mas de estar tapando propositalmente os ouvidos do meu coração para não ouvir a voz de Deus. Tenho medo de escutar, mas não querer ouvir. Tenho medo de ver, e não conseguir enxergar.

Tenho medo, muito medo, de ao final da vida, perceber que eu fiz muito e, ainda assim, fiz muito pouco, sentindo um vazio e uma culpa sem fim porque não fiz o que Deus realmente queria que eu tivesse feito.

Tenho medo de ser um servo bom e fiel, mas ser também, muitas vezes, um servo negligente, medroso, omisso e sem fé...porque, sem fé, é impossível agradar a Deus.

Tenho medo de que eu e você sejamos tocados por Deus ao ler esse texto e, segundos depois, ignoremos mais uma vez o que Deus está nos falando. Tenho medo de que eu e você continuemos carregando a mesma culpa e o mesmo vazio por continuarmos não fazendo hoje aquilo que Deus já nos pediu há tanto tempo.

O tempo passou, é verdade. Eu não fiz, você não fez...mas ainda podemos fazer! Enquanto houver vida, haverá tempo de mudar; ainda haverá tempo de agradar a Deus através da nossa fé. Ressuscitemos a fé que um dia morreu. Marchemos! 

Por Fernando Khoury Blog Atelier das Ideias

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