domingo, maio 20, 2012

Fanny Jane Crosby



"... tu me sustentaste pela minha mão direita."
(Salmos 73:23)

Letra : Fanny Crosby, 1879
Música: Hubert P. Main, 1880
Tradução: H.M.W.

1
Com Tua mão, segura bem a minha,
Pois eu tão fraco sou, ó Salvador!
Que não me atrevo a dar nem um só passo
Sem Teu amparo, meu Jesus Senhor!
2
Com Tua mão, segura bem a minha,
E mais e mais unido a Ti, Jesus.
Ó traze-me, que nunca me desvie
De Ti, Senhor, a minha vida e luz!
3
Com Tua mão, segura bem a minha,
E, pelo mundo, alegre seguirei:
Mesmo onde as sombras caem mais escuras
Teu rosto vendo, nada temerei.
4
E, se chegar à beira desse rio,
Que Tu por mim quiseste atravessar,
Com Tua mão segura bem a minha,
E sobre a morte eu hei de triunfar.
5
Quando voltares esses céus rompendo,
segura bem a minha mão, Senhor,
E, meu Jesus, á leva-me contigo,
Para onde eu goze Teu eterno amor.


HISTÓRIA
A descrição da maneira como surgiu a inspiração deste hino, em 1879, não pode ser melhor do que nas próprias palavras da sua autora, a incomparável poeta e hinista que perdeu a visão com apenas seis semanas de vida, Fanny Crosby:
"Por um bom período de tempo, antes de eu escrever este hino, tudo parecia triste prá mim. Na realidade, foi um experiência fora do comum, porque eu sempre fui uma pessoa feliz e contente. E assim,  na minha fraqueza humana, eu clamei em oração: "Querido Senhor, segura a minha mão". Quase que instantânea-mente, a mais doce paz, proveniente de uma perfeita convicção, voltou ao meu coração e minha gratidão por esta prova de que minha oração foi respondida, brotou naturalmente como um cântico nas linhas deste hino."

AUTORA
Fanny Crosby (Frances Jane Crosby)
(1820-1915)
"E guiarei os cegos pelo caminho que nunca conheceram, fá-los-ei caminhar pelas veredas que não conheceram; tornarei as trevas em luz perante eles, e as coisas tortas farei direitas. Estas coisas lhes farei, e nunca os desampararei."(Isaías 42:16)

Frances Jane Crosby, filha de John e Mercy Crosby, nasceu em Southeast, Putnam County, Nova Iorque, no dia 24 de Março de 1820. Seis semanas depois, perdeu a visão em decorrência de erro médico.
Provavelmente, Fanny Crosby foi a mais talentosa, brilhante e produtiva hinista de todos os tempos. Não obstante sua cegueira, causada por um médico incompetente, ela escreveu mais de 8.000 hinos!
Sobre sua deficiência visual ela comentou:
"Parece ter sido providência divina o fato de eu ter ficado cega toda minha vida, e eu agradeço a Deus por isso. Se me fosse oferecida visão terrena amanhã, eu não aceitaria. Talvez eu não cantasse hinos para louvar a Deus se eu ficasse distraída com as coisas belas e interessantes sobre mim."
Uma das forças que influenciam o mundo é, sem dúvidas, o escritor de cânticos e hinos. Tais pessoas possuem o dom de se aproximarem mais do coração das pessoas do que qualquer outra. Onde quer que se instale o cristianismo, as inúmeras melodias de Fanny Crosby irão trazer consolo e paz aos corações dos crentes enquanto viverem.
Aos quinze anos de idade Fanny ingressou numa Instituição para Cegos em Nova Iorque, onde recebeu uma boa educação. Tornou-se professora da Instituição em 1847 e continuou seu trabalho até o dia primeiro de Março de 1858. Lecionava gramática inglesa, retórica, história Romana e Americana. Foi o período de maior desenvolvimento da sua vida.
O ano de 1850 foi marcante na sua vida, pois foi o ano em que se converteu e se consagrou ao serviço do Senhor. Acontecia naquela época, cultos de reavivamento na igreja metodista local. Ela descreve que: “Alguns, iam todas as noites. Entretanto, mesmo buscando a paz, eu não podia encontrá-la”. Até que numa determinada noite, dia 20 de Novembro de 1850, eu me levantei e fui sozinha. Depois da oração, a igreja começou a cantar o consagrado hino do Dr. Isaac Watts:
Oh! Quão cego andei e perdido vaguei,
Longe, longe do meu Salvador!
Mas do céu Ele desceu, e Seu sangue verteu,
Pra salvar um tão pobre pecador.
E quando chegaram à quarta estrofe, no verso que diz:
Quão ditoso então, este meu coração,
Conhecendo o excelso amor;
Eu me entreguei ao Salvador e senti minha alma inundada pela luz celestial. Saltei nos meus pés clamando: "Aleluia".
Durante sua vida, Fanny Crosby foi uma das pessoas mais conhecidas dos Estados Unidos. Até hoje, a maioria dos hinários americanos contêm suas obras.
Em 1858, Fanny casou-se com um professor da Instituição de Cegos de Nova Iorque, o músico cego e compositor, Alexander Van Alstyne. A única filha que tiveram, chamada Frances, morreu quando ainda era criança. Seu casamento durou 44 anos, até o falecimento de Van, em 1902.
A biografia de Fanny Crosby é muito extensa. Ao longo dos seus 95 anos de vida, existem obviamente, inúmeros acontecimentos e experiências que, sem dúvida preencheriam páginas e mais páginas de estórias fascinantes, suficientes para escrever um livro, dependendo de quem produz o texto.
Na Harpa Cristã estão incluídos vários hinos de sua autoria e composição. Dentre eles podemos citar:
033-Com tua mão segura
113-O Celeste Diretor
129-A fonte salvadora
207-Jerusalém divina
235-Já sei, já sei
360-A fonte preciosa
Fanny Crosby faleceu no dia 11 de Fevereiro de 1915, em Bridgeport, Connecticut, onde se encontra enterrada. No seu túmulo está escrito:
“Aunt Fanny” e “Blessed assurance, Jesus is mine. Oh, what a foretaste of glory divine”.
(Tia Fanny) e (Bendita certeza, Jesus é meu. Oh, que antecipação de glória divina).

Pseudônimos:
Adrienne, Cora
Alstyne, Fannie Jane
Andrews, A. E.
Apple, James
Armstrong, Alice
Atherton, Rose
Bell, Carrie
Bethune, Catherine
Black, James
Black, James L.
Black, James M.
Blair, Henrietta E.
Booth, Florence
Bruce, Charles
Bruce, Robert
Burns, Charles
Carlston, Mary
Carlton, Leah
Church, Fannie
Craddock, Eleanor
Culyer, Lyman G.
Dale, Ella
Dayton, Flora
D. D.
D. D. R.
Eliot, James
Edmonds, Lizzie
Edwards, Lizzie
F. A. N.
F. J. C.
F. J. V. A.
Fannie
Fanny
Forrest, Mrs. Edna
Frances, Carrie
Frances, Grace J.
Frances, Lillian G.
Frances, S. Trevor
Frances, Victoria
Garnet, Jenny
Glen, Jenie
Gould, Frank
Grinley, Mrs. Kate
G. W. W.
Harmon, Ruth
Hawthorn, Carrie
Hope, Frances
Hops, Frances
James, Annie
James, Mary
James, Sarah
J. F. O.
J. W. W.
Judson, Myra
Lankton, Martha J.
Lincoln, H. N.
Lindsay, W. Robert
L. L. A.
Lowry, Minnie B.
Marion, Maude
Martin, S
Martin, Sallie
Martin, Sam
Miller, Laura
Montieth, A
Montieth, Alice
Park, Edna L.
Prentice, Mrs. L.C.
Smiling, Mrs. Kate
Smith, Sallie A.
Smith, Sallie E.
Smith, Sally
Smith, Sam
Sterling, J. L.
Sterling, Julia
Sterling, Rian J.
Sterling, Ryan
Sterling, Victoria
Stewart, Victoria
Taylor, Ida Scott
The Children’s Friend
Tilden, Louise W.
Tilden, Mary
V., Jenny
Van A., Mrs.
Van Alstyne, Fannie
Van Alstyne, Fannie Jane
Van Alstyne, Mrs.
Van Alstyne, Mrs. Alexander
Viola
Wallace, Zemira
Wilson, Carrie
Wilson, Mrs. C. M.
## [isso mesmo, muitas vezes ela usava estes símbolos no lugar nome!]
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‘*’
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COMPOSITOR
Hubert Platt Main(1839-1925)
  
Nasceu no dia 17 de Agôsto de 1839 em  Ridgefield, Connecticut. Faleceu no dia 7 de Outubro de 1925 em Newark, New Jersey.
Filho de Sylvester Main, Hubert frequentou escola de canto até 1854, quando foi para Nova Iorque onde trabalhou num tablóide, como mensageiro. Em Abril de 1855, trabalhou para uma empresa de pianos, chamada Brisow & Morse, também como mensageiro. No mesmo ano, auxiliou seu pai na publicação do hinário da Sunday School Lute, por Isaac Woodbury. Em 1867, Main foi chamado para assumir um cargo na editora de William Bradbury. Em razão da morte de Bradbury em 1868, foi criada a editora Biglow & Main, para substituir a empresa anterior. Além de editar, Main escreveu mais de 1000 peças musicais. Em 1891 ele vendeu sua coleção de mais de 3500 volumes para a Biblioteca Newberry de Chicago, Illinois, onde eram conhecidas como a Biblioteca de Main.
As obras de Main incluem:
-Book of Praise for the Sunday School (with George A. Bell) (New York: Biglow & Main, 1875)
-Little Pilgrim Songs (with Mrs. Wilbur F. Crafts) (New York: Biglow & Main, 1884)
-Hymns of Praise (with George A. Bell) (New York: Biglow & Main, 1884)
-Gems of Song for the Sunday School (with Ira Sankey) (Chicago, Illinois: The Biglow & Main Co., 1901)


TRADUTOR
Henry Maxwell Wright (H.M.W.)

Um comentário:

  1. Muito legal Meninas!
    Sempre cantei essa música, mas sabendo da história ela acaba ficando mais linda!
    bjos!

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