Eu gosto de comunicação. Provavelmente a minha vida inteira sou apaixonada pelas áreas da comunicação, tanto que sou formada numa delas. Leio, pesquiso, reflito, estudo sobre, mas nunca consigo um nível satisfatório de conhecimento para “tirar de letra” a comunicação quando se trata das relações pessoais. Já fiz cursos que abordam os conflitos nos relacionamentos gerados pelo que se chama de “ruídos de comunicação”, ou mesma a falta dela.
Uma questão que considero como a mais importante na comunicação é a diferença entre o que você fala e o que o outro entende. Estou certa de que você, assim como eu, convive com essas situações diariamente. Sou bem tranquila quando estou dirigindo, raramente buzino se alguém me dá uma fechada, tampouco uso de xingamentos ou expressões que os representem. Mas eu detesto ser mal atendida, me chateio facilmente com o tom usado em algumas conversas, não gosto de frases que lançam no ar um duplo sentido – insinuações depreciativas – e tenho dificuldades em conversar com quem só usa de meias palavras, é grosseiro ou mal educado. Não dispenso um “oi”, “bom dia” e etc. É a questão de como entendo a mensagem.
Em tempo de conversas on-line e relacionamentos virtuais, tenho percebido que é preciso elevar o grau de cuidado com como eu me expresso, pois se a conversa não for por voz – conexões de voz na internet ou telefone – e sim por chat ou SMS, a pessoa do outro lado da tela pode interpretar mal o que estou dizendo e vice-versa. Tudo fica ainda pior quando não se usa uma acentuação mínima que me auxilie a compreender o seu tom de voz. A conversa pode ser desastrosa.
Tomo cuidado com o que falo para as pessoas pessoalmente, tomo cuidado com a comunicação também na internet. Há um tempo, estava envolvida voluntariamente num projeto de um evento e tinha no meu MSN algumas pessoas da equipe, na tentativa de facilitar a comunicação. Então algumas coisas não estavam bem em relação ao tempo hábil para o evento e estávamos todos sob pressão. Comunicação por MSN e níveis elevados de pressão: eis uma combinação perigosa. Aconteceu que todas as vezes que eu ficava on-line, em segundos surgia uma janelinha na minha tela: era a mentora do projeto e ela disparava os assuntos, escrevendo o que deveria ser feito, o que precisávamos e etc... Disparava. Até que um dia eu não estava bem e tivemos uma séria discussão pelo MSN. Reclamei a falta de um “Oi Déia, tudo bem? Preciso falar com você sobre o evento, podemos teclar agora?”. O modo como os assuntos eram disparados na tela sem nenhum “oi” antes me ofendiam, me sentia uma empregada recebendo ordens do chefe.
Eu sei bem que a maioria das vezes em que alguém te diz “Oi, tudo bem?”, a pessoa está apenas sendo educada com você. Provavelmente ela não quer ouvir nada além de “Sim, tudo bem.”, a menos que seja algum amigo seu. É assim que é na vida real, é assim que é na vida virtual. Mas estabeleci um desafio para mim mesma em tempos de correria, estresse, conversas superficiais e relacionamentos pouco profundos: vou, propositalmente, remar contra a maré. Não abro mão de ser educada, gentil e de me esforçar para ser bem compreendida. Brinco, rio, uso de bom humor e meus contatos todos têm liberdade para se expressarem com naturalidade, mas, se pessoalmente há respeito e cuidados, na vida virtual eles também se fazem [muito] necessários. É isso.
Esforçando-me para me comunicar melhor.
Um abraço para toda a turma por aqui!
Beijinhos!
Andréa
O velho guerreiro assinaria embaixo!
ResponderExcluirQuem não se comunica se estrumbica! rs...
Déia, ótima reflexão sobre a gentileza, amizade e comunicação!
Quero somar forças a sua opinião sobre estar na contra-mão!
Também quero me esforçar para ser gentil e não fazer dos meus contatos meros contatos, mas amigos!
Beijão Meninas!
Fala, mana!
ResponderExcluirExcelenteee...
ps.: Uniqueza! :D
Oi Déia, Muito bom, gostei por demais. Seu texto foi uma comunicação excelente .. rs
ResponderExcluir=]
"Devo tomar cuidados na comunicação virtual."
Beijos e Paz! =D
É mana...
ResponderExcluirVira e mexe os "ruídos" ou os "gritos" de comunicação ecoam...ainda assim, prossigamos!