O pecado é inerentemente antideus, inerentemente pró-ego. Cada vez que eu peco eu faço uma declaração sobre mim mesmo e uma declaração sobre (e contra) Deus. Cada vez que eu peco, eu declaro minha própria independência, meu próprio desejo de ser livre de Deus; eu declaro que eu posso fazer melhor do que Deus, que eu posso ser um deus melhor do que Deus. Recentemente eu tomei algum tempo pensando sobre como a vida muda quando eu sou deus. Os resultados não foram legais.
Quando eu sou deus, é contra mim, somente contra mim, que você pode pecar e fazer algum mal, aos meus olhos. Esse mundo existe para o meu prazer, para minha glória, e a gravidade do seu pecado é medida de acordo com o quanto ele interfere em minha vontade soberana. Minha ira recai sobre aqueles que fazem as suas vontades ao invés da minha.
Quando Deus é Deus, seu pecado contra mim é leve quando pesado contra sua ofensa a Deus. Esse é o mundo do Pai e ele existe para trazer glória a Ele. Pecado é qualquer falta de obediência a Deus e qualquer falta de conformidade à seus justos e santos caminhos. Por tais pecadores eu tenho simpatia, amor, e esperança no evangelho.
Quando eu sou deus, adorar a Deus interfere nos meus planos, no meu repouso, em minha lealdade ao prazer, à socialização, ao esporte, ao divertimento. Eu odeio o pensamento de adorar outro, mas desejo adorar a mim mesmo e ter outros me adorando.
Quando Deus é Deus, adoração é alegria, é alimento, é vida. Não existe maior alegria do que se reunir com o povo de Deus para trazer glória ao Criador, para dar graças ao Redentor.
Quando eu sou deus, satisfação sexual é um direito meu; o sexo existe para me trazer prazer e o valor de outras pessoas é medido somente em sua habilidade de cumprir o que eu estou convencido de que preciso.
Quando Deus é Deus, sexo é um presente dado para fortalecer meu casamento através do serviço ao meu cônjuge. Ele é guardado e estimado e santificado e me motiva a alegremente dar graças e louvar a Deus.
Quando eu sou deus, amor é direcionado a mim, o mais digno dele. Verdadeiro amor, significando amor, encontra os desejos do meu coração exatamente aqui e agora. Ele garante paz quando eu quero paz, silêncio quando eu preciso de silêncio, atenção, afeição, qualquer coisa que seja que eu demande. Isso é amor. Ninguém tem maior amor que este – que ele faça tudo isso por mim.
Quando Deus é Deus, o amor é direcionado exteriormente. Amar outro é simplesmente um meio de expressar amor a Deus; é amar como alguém que foi muito amado. Amor não significa “O que eu preciso?”, mas “O quê Deus deseja?”. Ninguém tem maior amor que este – de dar a sua vida por um amigo, como Jesus Cristo, o amigo de pecadores, fez por mim.
Quando eu sou deus, eu mesmo sou a fonte de toda sabedoria. Insensatez está ligada ao coração de uma criança ou no coração de qualquer um que me contradiz ou me contraria. Eu sou bom e faço o bem e desejo ensinar a você meus estatutos.
Quando Deus é Deus, sabedoria flui de uma fonte fora de mim; sabedoria é extrínseca, e de outro mundo e infinitamente e eternamente boa. Essa é a sabedoria do alto, a sabedoria de um livro.
Quando eu sou deus, estou escravizado. Quando Deus é Deus, eu estou livre. Eu agradeço a Deus que Deus é Deus.
Tradução: Luis Henrique de Paula – Original aqui.
Lido em: Blog do Luis
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